Sobre ser uma pessoa passivo agressiva

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Estar de TPM e sem saco para pessoas fez eu refletir profundamente sobre meu comportamento. Acabei “desabafando” no Facebook, porque sou o tipo de pessoa que costuma guardar tudo que incomoda pra si até a hora de explodir. Costumo dizer que sou uma granada, mas fiquei me questionando se isso não seria também um sintoma de um comportamento passivo agressivo. Então fui pesquisar pra ver em quais aspectos me enquadrava.

Um dos sintomas: 

As pessoas passivas tendem a culpar os outros por sua própria infelicidade. Não se responsabilizam pelo que acontece em suas vidas e pela qualidade de seus relacionamentos. Em geral, quando algo lhes desagrada, ficam em silêncio. Não falam abertamente o que sentem (AIIII ESSA DOEU)

Essa posição de sofredor calado, vítima retraída, no entanto, é ilusória. Em geral, essas pessoas são tão responsáveis pelos conflitos e desgastes dos relacionamentos quanto os agressores mais abertos, diretos.

Indivíduos passivos têm modos sutis de punir o outro. Uma esposa passiva pode, por exemplo, esquecer de comprar a comida favorita do marido. Um marido passivo pode sabotar as relações sexuais, vendo TV até tarde ou trabalhando em excesso.

Ok, me identifico com essas coisas aí, mas é algo bem involuntário porque na verdade eu preferia ser o tipo que grita, que xinga (não que isso seja certo), que vomita tuuuuuudo que está sentido porque pessoas assim não costumam remoer e guardar sentimentos negativos.

Uma pesquisa de cientistas espanhóis da Universidade de Valência. De acordo com o estudo, expressar a raiva aumenta o fluxo de sangue na região do cérebro ligada à felicidade. Portanto, desabafar nos momentos de fúria é mais vantajoso para a saúde do que não demonstrar para os demais o seu descontentamento.

O médico Neus Herrero, da Universidade de Valência, que liderou o estudo, disse que essa região costuma ser associada às emoções positivas, enquanto o lado direito é relacionado aos sentimentos ruins. “Houve ainda alterações no lóbulo frontal e temporal”, explicou. O primeiro é a região cerebral que controla os centros motores e comportamentais e o segundo é responsável por controlar as emoções e a memória.

Ouuuuuuuuu sejaaaaaaaaaaa: “Perder o controle” ao ficar com raiva faz bem.

“Ah Vivi, mas como eu mudo esse meu jeito?”

Sinceramente, se descobrir me avisa. Como eu disse, ando refletindo muito e tentando me encontrar e trabalhar esse lado toxico. Mas ainda não tenho todas as respostas.

Já ouvi falar sobre terapia, mas acho que isso nada mais é do que olhar pra dentro de si mesmo e entender causa e efeito, não estou anulando a terapia não viu gente, mas o exercício de reflexão acho que podemos fazer por conta. E isso implica em ser verdadeiro em um grau bem profundo, é fato comprovado que procuramos constantemente justificar nossas experiências, para que façam sentido para nós. Em outras palavras, temos o hábito de mentir a nós mesmos para fazer o mundo parecer um lugar mais lógico e harmonioso ou mesmo para justificar nossa insatisfação, lembra o sintoma de culpar os outros? Então é tipo isso.

Você já ouviu falar na “cegueira a mudanças”? Então é um fenômeno, que mostra como somos seletivos em relação ao que apreendemos em qualquer cena visual dada. Parece que nos pautamos muito mais do que talvez imaginemos pela memória e o reconhecimento de padrões. Tá mas e daí Vivi???? E daí que nem sempre prestamos atenção em tudo que está a nossa volta, no contexto, nem sempre olhamos o todo, olhamos apenas um fragmento que às vezes é só o que nos convém. Nos prendemos em detalhes que podem causar a nossa infelicidade e esquecemos da parte boa.

O que eu to querendo dizer é que, eu constantemente fico remoendo algo que um amigo ou amiga disse que me magoou, mas esqueço de todas as coisas boas que aquela pessoa já me proporcionou por causa desse simples detalhe e por causa da minha falta de capacidade de dizer para ele/ela que aquilo me incomodou.

Por “sorte” depois do meu “desabafo” na rede social, um dos meus amigos veio falar comigo porque a namorada dele se sentiu mal de ficar me zoando em um encontro, e na verdade aquilo me deu a oportunidade de dizer que na verdade as brincadeiras dele que me incomodavam, porque às vezes elas passavam dos limites e por isso eu deixava de ir nos encontros marcados. Falar sobre como isso me afetava fez eu tirar um peso das costas e me deu um alivio inimaginável, agora só falta exercitar com todas as outras pessoas hehe.